8 imprevistos comuns para os quais se deve guardar dinheiro

Imagem mostra homem abrindo a caixa de ferramentas para consertar a máquina de lavar roupa que está à sua frente. Ideia de imprevistos domésticos
Por Redação Foz

Ninguém está livre de imprevistos, e guardar dinheiro para enfrentá-los quando surgem só tem vantagens. Além da proteção que oferece, um fundo de emergência evita que despesas inesperadas, redução ou perda da renda se tornem problemas maiores. Um pagamento não planejado, por exemplo, pode se transformar em uma dívida de longo prazo, com impacto duradouro no orçamento.

Assim, um fundo de emergência não significa apenas uma reserva de caixa para pagar despesas médicas, o conserto do carro ou um reparo doméstico urgente. É uma garantia de segurança e tranquilidade, pois evita endividamento, reduz o estresse financeiro e a ansiedade e mantém o padrão de vida em momentos difíceis. Se imprevistos são inevitáveis, o jeito de como superá-los é uma escolha.

Guardar dinheiro à parte

A reserva de emergência deve ser criada à parte de eventuais investimentos financeiros. E precisa ter liquidez diária, pois imprevistos, por definição, não têm hora nem dia para acontecer. Sabe-se apenas que vão ocorrer. Depois que se descobre a quantia a ser mantida em caixa, é importante mantê-la sempre estável, embora possa oscilar para mais ou para menos, conforme as circunstâncias.

Fotos Freepik e Drazen Zigic / Freepik
Imagens mostram um homem branco explicando a uma mulher negra o defeito na válvula de descarga do vaso sanitário do banheiro; e um mecânico consertando um defeito na parte de baixo de um carro. Ideia da importância de guardar dinheiro para imprevistos.
Imprevistos quebram orçamento

Os 8 imprevistos

Dados coletados em 2022 para a pesquisa que mede o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB)², elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com apoio técnico do Banco Central (BC), mostram que as finanças são uma fonte de estresse na família para 56,1% dos entrevistados. E entre as causas estão a falta de uma reserva financeira e as despesas inesperadas, como as listadas abaixo.  

Perda de emprego ou redução de renda

Quanto guardar — A recomendação padrão é guardar, no mínimo, de seis a doze vezes o valor dos custos fixos mensais para garantir uma transição de trabalho mais tranquila. Porém, quanto maior a quantia reservada, melhor.

Despesas médicas

Quanto guardar — Quem tem plano de saúde deve incluir o valor da mensalidade nos custos fixos mensais do 10 tópico da lista. Para os que não têm, consultas e exames simples podem custar entre R$ 200 e R$ 1.000, dependendo da urgência e do tipo de atendimento. Em casos mais graves, internações ou cirurgias podem ultrapassar R$ 10.000. Assim, uma reserva mínima de R$ 2.000 a R$ 3.000 é aconselhável para cobrir despesas básicas.

Problemas com o carro

Quanto guardar — Os custos variam de acordo com o modelo e a gravidade do defeito. Reparos simples podem custar entre R$ 300 e R$ 800. Já consertos mais complexos podem ultrapassar R$ 5.000. Com base em emergências comuns, o ideal é reservar cerca de R$ 1.500 a R$ 2.000.

Reparos domésticos e troca de eletrodomésticos

Quanto guardar — Pequenos reparos e consertos de eletrodomésticos costumam custar entre R$ 100 e R$ 1.000. Já consertos estruturais, como encanamento, podem atingir valores superiores a R$ 3.000. Mas uma reserva inicial de R$ 1.500 é adequada.

Morte de um membro da família

Quanto guardar — Além do trauma emocional, as mortes geram custos inesperados com funeral e perda potencial de renda familiar. Os gastos variam de R$ 2.000 a R$ 10.000. Porém, ter um plano funerário pode reduzir significativamente o impacto financeiro.

Cuidador/acompanhante

Quanto guardar — Cuidar de um membro adulto da família pode ter impacto na rotina de trabalho e, consequentemente, na renda. Pode exigir ainda a necessidade de equipamentos médicos e modificações na casa. Os custos variam muito. Para a necessidade eventual de contratar um cuidador ou acompanhante, o ideal seria guardar entre R$ 4.000 e R$ 10.000.

Roubo ou furto

Quanto guardar — Danos materiais, roubo, furto ou fraude resultam em prejuízos imediatos e custos de recuperação a longo prazo. Para situações comuns, como perda de um celular, uma reserva de R$ 2.000 é adequada.

Divórcio ou separação

Quanto guardar — Honorários advocatícios, despesas de moradia separadas e divisão de bens podem sobrecarregar as finanças. Os custos podem começar em R$ 2.000 (consensual) e ultrapassar R$ 10.000 (litigioso). Assim, recomenda-se reservar pelo menos R$ 10.000 no fundo de emergência, separados de custos adicionais para agregados familiares.

Como começar a guardar

Existem algumas fórmulas nas quais se basear para criar um fundo de emergência. Uma delas é a que estabelece 75% da renda como teto para gastar; 15% como piso para investimentos; e 10% como mínimo para a reserva. Porém, ao cortar despesas desnecessárias, sobra mais para guardar. De preferência, em um CDB com liquidez diária, sem taxa de administração e que renda 100% do CDI.

Como ensina a especialista em finanças e escritora financeira Gail Vaz-Oxlade, guardar dinheiro de forma consistente, mesmo pequenas quantias, resulta em grandes economias com o tempo. Monitorar o progresso regularmente, e comemorar marcos atingidos como gatilho para se manter motivado, vale também como estratégia. O que importa é não deixar as metas de poupança ficarem em segundo plano.

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