Como sair de dívidas adotando quatro medidas práticas

Close-up de pessoa segurando notas e fazendo contas numa calculadora, tentando se organizar para sair de dívidas.
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Por Redação Foz

O endividamento mantém milhões de brasileiros sob pressão financeira. Dados de setembro/2025 da Serasa indicam número superior a 79 milhões de pessoas com pendências registradas no país. O panorama, portanto, reforça a necessidade de compreender como sair de dívidas com medidas práticas que permitam reorganizar o orçamento e restabelecer alguma estabilidade num período razoável.

A primeira medida recomenda interromper compras parceladas e reduzir o uso do cartão de crédito, principal origem da inadimplência segundo a Serasa. De acordo com o educador financeiro Gustavo Cerbasi, decisões eficientes geram resultados melhores quando o consumidor corta o excesso de parcelas e volta a administrar o orçamento com base em escolhas de fato necessárias e acessíveis.

Com a medida inicial colocada em prática, o orçamento fica mais claro e o fluxo de pagamentos deixa de crescer. Reduzir limites, priorizar pagamentos à vista e evitar parcelas longas cria margem para renegociar dívidas antigas. A Serasa observa que a falta de controle cotidiano intensifica o problema, o que reforça a importância de reduzir o crédito antes de tentar avançar para outras etapas.

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Regra para sair de dívidas

A segunda medida é reposicionar a vida financeira em direção à regra 50-30-20, difundida por Elizabeth Warren no livro All Your Worth (Tudo o que você merece, em tradução livre). Ela não faz milagre, mas organiza o fluxo mensal: metade para necessidades, parte menor para escolhas e parcela final para metas financeiras. Sua aplicação gradual abre espaço para o abatimento de dívidas sem a ruptura brusca do cotidiano.

O processo de adoção da regra costuma ser tenso no início, já que exige identificar gastos excessivos, cortes seletivos e rever prioridades. A recomposição orçamentária funciona melhor quando guiada por critérios objetivos, não por impulso. O equilíbrio entre necessidades e desejos, embora frágil no começo, é alcançado conforme a estrutura financeira se estabiliza e gera margem para quitar pendências acumuladas.

Foto Freepik
Imagem de um homem jovem segurando um gráfico em papel, com um dos punhos cerrado, vibrando por estar conseguindo sair de dívidas.
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Orçamento com disciplina diária

A terceira medida é criar um orçamento realista — e cumpri-lo, claro. Anotar todas as receitas e despesas, inclusive as parcelas de dívidas, permite ter uma visão clara do que entra e sai. A Serasa reconhece que a falta de controle financeiro contribui diretamente para o acúmulo de dívidas. “A montagem exige detalhamento das entradas, classificação dos gastos e definição de limites compatíveis com a renda”, diz.

A função do orçamento não é aprisionar a rotina, mas mostrar o que antes parecia nebuloso. A transparência dos números expõe gargalos antes naturalizados e revela desvios pequenos que, somados, consomem parcelas relevantes da renda. A visualização clara do dinheiro que entra e sai produz consciência financeira e reduz brechas para comportamentos que alimentam o ciclo endividamento-adiamento.

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Progresso visível incentiva continuidade

A quarta medida é criar um gráfico de despedida da dívida. A iniciativa, simples e quase lúdica, funciona como ferramenta de acompanhamento e reforço psicológico. A queda gradativa do saldo, materializada no papel ou na tela, gera sensação de avanço concreto. A visualização ajuda a manter o comprometimento e cria marcador tangível da distância entre a situação atual e a quitação completa.

A adoção de um gráfico também facilita ajustes. Quando a linha desce menos que o esperado, surge alerta natural para revisar condutas e reforçar limites. A técnica lembra métodos comportamentais estudados por pesquisadores como Richard Thaler no livro Nudge: Como tomar melhores decisões, que mostram como pequenos estímulos visuais podem favorecer decisões financeiras mais acertadas.

Como sair de dívidas com método claro

A combinação das quatro medidas constrói trajetória mais sólida que soluções rápidas. Sem recorrer a atalhos, o esforço concentra-se em cortar a fonte do endividamento e criar um plano viável de execução. A lógica lembra uma restauração estrutural: reparar a base, fortalecer o meio e monitorar sinais de desgaste. A serenidade financeira nasce de escolhas firmes mantidas por tempo suficiente.

A rotina financeira, porém, nunca se resolve com um único método, mas a simplicidade do modelo proposto acima cria uma porta de entrada eficiente. Quando aplicada com consistência, a sequência não só diminui pressões emocionais, mas também fortalece a relação com o próprio dinheiro. E o melhor: o ciclo de dívidas perde força e abre espaço para objetivos maiores.

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