Como ser mais confiante sem precisar exibir confiança

Imagem de uma mulher com os braços cruzados, à frente de dois braços musculosos abertos desenhados no fundo, simbolizando a ideia de como ser mais confiante sem precisar exibir confiança
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Por Redação Foz

Confiança não se mede pelo tom de voz nem pela firmeza do aperto de mão. Muitas pessoas seguras passam despercebidas justamente porque não sentem necessidade de mostrar segurança. Ao contrário do que se repete em conselhos fáceis, aprender como ser mais confiante não exige teatralidade, mas coerência. É um processo interno, sustentado por ações, não por aparência ou discurso.

“O excesso de preocupação com a imagem pode ser um indício de dúvida interna”, escreveram Katty Kay e Claire Shipman no artigo The Confidence Gap, publicado na revista The Atlantic. Segundo as autoras, o mercado de trabalho recompensa quem parece confiante, mesmo que a postura não se sustente em competência real. A confiança performática, dizem, costuma se sobrepor à autoconfiança genuína.

Confiança real não precisa de palco

Em geral, pessoas que de fato sabem como se sentir mais seguras não projetam a confiança em voz alta. Ela aparece no comportamento cotidiano: quem cumpre promessas, quem sustenta posições mesmo sem plateia, quem não precisa de validação constante. É um sentimento que não grita. Surge na maneira como a pessoa se move, decide, escuta e reage, mesmo quando ninguém está observando ou aplaudindo.

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Pesquisadores da W. P. Carey School, da Arizona State University, analisaram empresas com desempenho elevado e descobriram um traço comum em seus CEOs: humildade. “Líderes humildes tendem a construir organizações mais eficazes, justamente porque não centralizam o poder nem a atenção”, afirmam os autores do estudo. O perfil de tais gestores contrasta com a figura tradicional do executivo confiante e expansivo.

Vulnerabilidade também é força

Dan Cable e Freek Vermeulen, professores de comportamento organizacional, chegaram à mesma conclusão em artigo publicado na Harvard Business Review. “Lideranças que se mostram vulneráveis conquistam mais engajamento e criatividade nas equipes”, escreveram. Para eles, admitir dúvidas e reconhecer erros não enfraquece a autoridade de um líder. Fortalece.

A confiança que se sustenta não depende de volume. Não requer discursos motivacionais nem posturas ensaiadas. Ao contrário, cresce a partir de pequenas ações consistentes. Uma pessoa começa a se sentir mais autoconfiante quando cumpre o que diz. Quando reconhece suas limitações sem se envergonhar. Quando se expõe ao erro sem medo de julgamento. Ou seja, ela não se impõe; se comprova com o tempo.

Foto katemangostar / Freepik
Close-up das mãos de um homem segurando uma caneta assinando documentos
Confiança não é força

O caminho para ser mais confiante

O problema é que a cultura do desempenho associou confiança à aparência. Tal associação empurra muitos profissionais e pessoas em geral a tentar parecer confiantes, mesmo quando não se sentem assim. O resultado é um desgaste contínuo. “Simular autoconfiança exige energia e costuma gerar ansiedade”, alertam Kay e Shipman em The Atlantic. Para quem vive preso à ideia, basta um tropeço para o castelo ruir.

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O caminho para ser mais confiante e seguro não passa pela atuação. Passa pela integridade. Uma pessoa que alinha palavras e ações constrói uma base mais sólida do que aquela que apenas sustenta a imagem de quem nunca erra. A primeira é confiável. A segunda, imprevisível. A diferença está no lastro: enquanto uma se apoia na verdade, a outra depende do esforço constante de manter as aparências.

Como ser mais confiante e atraente

É comum confundir assertividade com segurança. Mas uma pessoa assertiva pode estar apenas imitando um modelo. Pode repetir frases com voz firme, mas, ainda assim, depender da aprovação dos outros. Já alguém que é mais confiante de fato não precisa provar nada. Está à vontade com o próprio silêncio. Sua presença não exige destaque, porque a segurança não está no efeito que causa, mas no que sustenta.

Para quem busca aprender como ser mais confiante e atraente, o ponto de partida pode parecer contraintuitivo: abrir mão da tentativa de parecer confiante. “Confiança de verdade não precisa ser encenada”, escreveu Dan Cable, na Harvard Business Review. A atração que nasce da autenticidade é mais duradoura do que a que depende de poses. Ela transmite segurança sem esforço e sustenta vínculos mais verdadeiros.

Não significa, contudo, evitar toda forma de expressão. Também não implica subestimar a linguagem corporal. A diferença está no propósito. “Quando a linguagem transmite algo que a pessoa realmente sente, ela funciona”, observam Kay e Shipman em The Atlantic. Quando é apenas fachada, cobra um preço alto. Porque, sem consistência interna, até o gesto mais ensaiado soa falso.

Ser confiante não é parecer mais forte

O mais comum é tentar projetar confiança antes de tê-la. Mas o processo pode ser o inverso. Primeiro vêm os pequenos compromissos cumpridos, as escolhas firmes, o reconhecimento dos próprios limites. A aparência, se vier, será apenas reflexo. No fim, como ser mais confiante talvez não seja uma questão de parecer mais forte. Mas sim de não depender da imagem para ser quem se é.

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