Dieta rica em certos nutrientes melhora a memória, diz nutricionista

Imagem de um desenho do cérebro, com metade dele preenchido com alimentos que compõem uma dieta rica em nutrientes para a memória
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Por Redação Foz

Uma dieta rica em nutrientes — ou fitonutrientes, compostos encontrados em frutas e vegetais — pode agir diretamente para maximizar a memória. Conforme a nutricionista Elizabeth Bertrand, da Clínica Mayo, os estudos ainda estão em andamento, mas já sugerem haver uma relação entre memória e o que se come. “Vegetais ricos em fitonutrientes beneficiam não apenas a saúde, mas também a memória”, diz.

De acordo com ela, uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, legumes, peixes, gorduras mais saudáveis, ervas ou sementes aumentam o funcionamento da memória. “Tais alimentos fornecem antioxidantes e compostos anti-inflamatórios que protegem as células cerebrais contra danos”, destaca. Portanto, diversificar o portfólio de alimentos vegetais parece ser a melhor aposta para memórias ricas.

Dieta rica em nutrientes e o papel das vitaminas

Bertrand ressalta que vitaminas do complexo B e ácidos graxos ômega-3 estão entre os nutrientes mais importantes. “Peixes como salmão, truta e sardinha não são saudáveis apenas para o coração. Estudos demonstraram que também fazem bem à memória” diz. Já ostras, mexilhões, camarões e lagostas são boas fontes de vitamina B12, nutriente que previne a perda de memória.

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Entre as frutas que protegem o cérebro, prevenindo seu declínio precoce, Bertrand destaca uvas, melancia e abacate. “Uvas são ricas em resveratrol e polifenóis, compostos que estimulam a memória e a função cerebral. Melancia é rica em licopeno, um poderoso antioxidante, além de água pura, o que também beneficia a saúde do cérebro. E o abacate é rico em gordura monoinsaturada, que melhora a memória”.

Dieta rica em nutrientes inclui vegetais variados

Rica em nitratos, um composto natural que pode dilatar os vasos sanguíneos, permitindo que mais sangue oxigenado chegue ao cérebro, a beterraba é citada por Bertrand como indispensável à dieta, assim como as folhas verdes escuras, conhecidas por seus antioxidantes, como a vitamina C. “As verduras ricas em folato, como espinafre e alface, também melhoram a circulação sanguínea no cérebro e a memória”, diz.

Foto Freepik
Imagem de uma mulher de costas olhando para um quadro de fotos preso na parede
Nutrir o cérebro mantém memória afiada

Em relação aos grãos integrais e leguminosas, os destaques em nutrientes benéficos para a memória — por conterem carboidratos complexos — são o cuscuz integral, o grão-de-bico, a aveia, a batata-doce e o feijão-preto. “Os carboidratos complexos são o alimento preferido para o cérebro. Eles demoram mais para metabolizar e são ricos em folato, a vitamina B que aumenta a memória”, afirma Bertrand.

Entre as ervas, alecrim e hortelã se destacam

Assim como alguns peixes já citados — salmão e sardinha, por exemplo —, as nozes também são uma fonte importante de ácidos graxos ômega-3, responsáveis por melhorar a saúde vascular. Na família das ervas, os estudos já demonstraram que o alecrim aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, melhorando a concentração e a memória. “O aroma de hortelã-pimenta também melhora a memória”, diz Bertrand.

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As sementes de gergelim, por outro lado, são ricas em aminoácido tirosina, que é usado para produzir dopamina, um neurotransmissor responsável por manter o cérebro alerta e a memória afiada. “Elas também são ricas em zinco, magnésio e vitamina B6, outros nutrientes envolvidos na função da memória”, ressalta a nutricionista, que recomenda ainda açafrão e sementes de cacau.

Pesquisas confirmam os efeitos da alimentação

As recomendações se baseiam em estudos como o publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, que acompanhou pessoas que seguiram a dieta mediterrânea e constatou desempenho cognitivo superior em comparação a grupos que mantiveram uma alimentação pobre em nutrientes. O resultado, portanto, confirma que a qualidade da dieta tem efeito protetor sobre a mente.

Além da seleção de alimentos, Bertrand lembra da importância de manter horários regulares. “Pular refeições provoca quedas de energia e pode comprometer a atenção”, explica. A constância favorece tanto o equilíbrio metabólico quanto o funcionamento cerebral. A hidratação é outro aspecto essencial. Pequenas perdas de líquidos já afetam a concentração e a memória de curto prazo.

Hábitos que preservam memória e cognição

De acordo com Bertrand, a soma de todos os cuidados é suficiente para criar uma base de sustentação e preservação da saúde do cérebro. Fazer modificações no estilo de vida para controlar os níveis de colesterol, açúcar no sangue e pressão arterial, além de não fumar, fazer caminhadas diárias e manter o peso em uma faixa adequada também pode ajudar a potencializar a função da memória.

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