Doenças transmitidas por alimentos: o que não fazer na cozinha

Imagem de louça suja dentro da pia da cozinha, mostrando ser um foco de doenças transmitidas por alimentos
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Por Redação Foz

Erros comuns na manipulação da comida e no preparo de refeições aumentam o risco de doenças transmitidas por alimentos. Casos de intoxicação e infecção alimentar podem ser evitados com práticas simples, mas muitas vezes negligenciadas. Especialistas em segurança alimentar alertam que a prevenção começa na cozinha doméstica, e não apenas em restaurantes ou na indústria.

“Você precisa se certificar da temperatura olhando realmente para um número”, afirma Martin Bucknavage, especialista em segurança alimentar da Universidade Penn State, referindo-se ao uso de um termômetro para garantir 4,4 °C ou menos dentro da geladeira e -18 °C ou menos no freezer. A medição evita que patógenos como a salmonela e a Listeria se multipliquem, preservando a segurança e a durabilidade dos alimentos.

Cascas de ovo e risco de contaminação

Devolver cascas de ovo à caixa é outro hábito arriscado. “A casca pode estar contaminada com salmonela e passar para ovos íntegros”, explica Janet Buffer, do Instituto de Segurança Alimentar e Nutricional da Universidade George Washington. Ela ressalta que a contaminação pode ocorrer mesmo que o ovo não apresente rachaduras visíveis. Assim, é preciso descartá-las de imediato e lavar as mãos logo após o manuseio.

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Doenças transmitidas por alimentos e carne crua

Lavar um peito de frango antes de prepará-lo espalha bactérias pela pia e em tudo ao redor. O professor Francisco Diez-Gonzalez, diretor do Centro de Segurança Alimentar da Universidade da Geórgia, lembra que, assim como a casca do ovo, o frango e outras carnes são fontes comuns de salmonela e Campylobacter. “A lavagem não elimina os micro-organismos, mas aumenta o risco de contaminação cruzada”, diz.

A recomendação é levar a carne direto ao cozimento, sem passar pela torneira. O isolamento da carne crua também é essencial. “É vital para minimizar a transferência de patógenos para alimentos que normalmente não têm esses organismos”, afirma Diez-Gonzalez. Portanto, carnes devem ficar em recipientes fechados e longe de produtos prontos para consumo, como saladas, que não passarão por cozimento.

Foto Reprodução
Imagem de uma pessoa medindo a temperatura da carne na churrasqueira
Termômetro garante cozimento seguro

Pia limpa para evitar microrganismos

Usar a pia suja para lavar vegetais também compromete a higienização. Bucknavage cita estudos que apontam a pia da cozinha como uma das superfícies mais contaminadas, muitas vezes mais do que tábuas de corte. Após manipular carnes, a limpeza com água quente e detergente deve ser imediata, seguida de desinfecção, para reduzir o risco de contaminação de frutas e verduras.

Louça, talheres e utensílios sujos acumulados na bancada também favorecem a contaminação cruzada. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda manter superfícies livres para separar alimentos crus e prontos, além de limpar com frequência usando água quente e sabão ou solução diluída de água sanitária. As pessoas devem higienizar ou trocar panos e esponjas regularmente.

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Doenças transmitidas por alimentos e cozimento seguro

Avaliar o cozimento da carne apenas pela aparência é mais um procedimento de risco. Segundo a Anvisa, a cor não garante que a temperatura interna seja segura. O frango, por exemplo, deve atingir 74 °C; carnes moídas 71 °C e peixes 63 °C. “A única forma confiável de confirmar a eliminação de micro-organismos nocivos é usar o termômetro”, reforça a agência.

Já derramamentos de líquidos e alimentos deteriorados na geladeira podem contaminar outros itens. Bucknavage recomenda limpar gavetas e prateleiras toda semana ou, pelo menos, a cada três meses. Restos de frutas, verduras ou pães embolorados liberam fungos e bactérias que aceleram a deterioração de novos alimentos e aumentam o risco de ingestão acidental de toxinas.

Hábitos diários que preservam a saúde

Evitar doenças transmitidas por alimentos exige atenção diária a detalhes. Termômetros, higienização correta, organização e descarte rápido de resíduos são medidas simples que reduzem a exposição a patógenos. A segurança alimentar começa com hábitos consistentes, que protegem não apenas a qualidade, mas também a saúde de quem consome, dentro e fora de casa.

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