Inatividade física reduz energia e acentua o desânimo

Imagem de um homem jovem jogando videogame deitado sobre uma bola de ar, sugerindo inatividade física.
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Por Redação Foz

A falta de movimento vai além do impacto no condicionamento físico. A inatividade física está associada à perda de energia e ao aumento da fadiga diária, afetando também o humor. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada quatro adultos da população global não atinge o mínimo de atividade recomendado para preservar a saúde e o bem-estar geral.

“A vida moderna nos permite alcançar a maioria de nossas necessidades no dia a dia com o mínimo de esforço físico, o que afeta a disposição física e mental no longo prazo”, afirma a OMS em documento sobre atividade física. A entidade recomenda pelo menos 150 minutos semanais de exercícios moderados ou 75 minutos intensos para adultos, mas admite que pequenas sessões diárias já oferecem benefícios.

Inatividade física afeta mais do que parece

A pouca movimentação não reduz apenas a eficiência do sistema cardiovascular e prejudica a circulação de oxigênio e nutrientes. Diminui a energia em todos os níveis, comprometendo de forma direta a capacidade de realizar tarefas cotidianas sem cansaço excessivo. A The Heart Foundation explica que pessoas sedentárias tendem a sentir fadiga mesmo após esforços leves, o que cria um ciclo de desmotivação.

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O ciclo é reforçado pela relação entre movimento e produção de neurotransmissores. De acordo com a American Psychological Association (APA), a atividade física estimula a liberação de serotonina, dopamina e endorfina, substâncias ligadas à sensação de bem-estar. A ausência de exercício, por outro lado, pode favorecer a ansiedade e aumentar a percepção de estresse.

“Mexer o corpo ajuda a controlar a resposta ao estresse e melhora a clareza mental”, registra a APA. O efeito ocorre mesmo com exercícios leves e moderados, que podem ser incorporados à rotina sem grandes adaptações. O desempenho cognitivo também revela o impacto da inatividade física sobre o humor. A redução do fluxo sanguíneo cerebral compromete o foco e a memória, dificultando tarefas que exigem atenção.

Fotos Freepik
Imagens de uma mulher jovem acima do peso sentada no sofá com ar desanimada e de e de remédios e aparelhos de medição de glicose.
Exercício regular previne obesidade e doenças

Sedentarismo sustentado e seus impactos

Outro fator que mantém o sedentarismo é a percepção de falta de tempo. A The Heart Foundation mapeou as desculpas mais comuns para não se exercitar e propôs soluções simples, como aproveitar deslocamentos para caminhar ou optar por subir escadas. “O importante é criar oportunidades de movimento no dia a dia, não apenas reservar um horário fixo para exercícios”, orienta a fundação.

O acúmulo de pequenas ações ajuda a quebrar a barreira inicial. Caminhar até o comércio do bairro, fazer alongamentos no intervalo do trabalho ou realizar tarefas domésticas mais ativas são estratégias acessíveis para evitar os efeitos da inatividade física. A tática serve não apenas como introdução para uma vida mais ativa, mas também reduz a drenagem de energia provocada pelo sedentarismo.

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Movimento como prioridade cotidiana

A busca por movimento não precisa se limitar a práticas tradicionais de exercício. O Greater Good Science Center recomenda a caminhada meditativa como forma de integrar atividade física e atenção plena. “A técnica propõe direcionar a atenção de forma intencional enquanto se executa, de maneira pausada, uma sequência de ações que normalmente são realizadas no piloto automático”, diz.

Conforme o centro de ciências, vinculado à Universidade da Califórnia, a caminhada meditativa reduz a tensão e aumenta a energia ao estimular a consciência corporal e mental. Pode ser realizada em parques, ruas tranquilas ou mesmo dentro de casa, adaptando-se a diferentes perfis e condições físicas. “Encontre um caminho relativamente tranquilo, onde você não será perturbado ou mesmo observado”, recomenda.

Inatividade física é alerta global

A OMS ressalta que qualquer incremento na quantidade de atividade física é positivo para a saúde. Ou seja, mesmo quem está longe da meta semanal pode se beneficiar de mudanças graduais. Além de melhorar a disposição, a prática regular ajuda a prevenir doenças como diabetes tipo 2, hipertensão e alguns tipos de câncer. “Exercício regular é uma das medidas mais eficazes e econômicas para a saúde pública”, diz.

O incentivo ao movimento também tem efeito social. Atividades em grupo, como caminhadas coletivas, estimulam a interação e aumentam a motivação para manter a regularidade. A The Heart Foundation lembra que o apoio de familiares e amigos é um fator decisivo para quem está começando. “Dizer que não gosta de se exercitar sozinho é uma das desculpas mais usadas para não se exercitar”, aponta.

Adaptações para diferentes realidades

Para quem enfrenta limitações físicas, adaptações são possíveis. A APA orienta que exercícios de baixo impacto, como hidroginástica e yoga, oferecem benefícios semelhantes aos de modalidades mais intensas, respeitando a capacidade individual. A escolha da atividade, porém, deve considerar prazer e viabilidade. “O melhor exercício é aquele que se consegue manter ao longo do tempo”, resume a The Heart Foundation.

A constância, e não a intensidade isolada, é o que garante resultados duradouros. Mover-se, portanto, é mais do que gastar calorias. É restaurar energia, preservar a saúde e proteger o equilíbrio mental. A inatividade física, ao contrário, cobra seu preço cedo e com juros altos. Ao se instalar, mina forças, compromete a disposição e, pouco a pouco, enfraquece corpo e mente, reduzindo a capacidade de enfrentar os desafios diários.

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