Para quem não quer filho a liberdade financeira é logo ali

Imagem de um homem de terno sentado no símbolo da porcentagem, voando sobre as nuvens. Ideia de liberdade financeira
Por Redação Foz

Filhos, tê-los ou não? Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram uma preferência crescente pela segunda opção. As razões, contudo, não têm relevância aqui; e sim a chance de enriquecer quando se escolhe não procriar. Pois é, sem despesas com creche, educação e afins dá para alcançar a liberdade financeira em pouco mais de uma década — ou até antes.

O primeiro passo é descobrir quanto custa um filho até a formatura. Depois, agir como se o tivesse, separando todo mês a quantia da despesa hipotética para a compra de ativos financeiros — ações pagadoras de bons dividendos, fundos imobiliários, tesouro direto etc. Com os aportes e reinvestindo os ganhos, em pouco tempo os juros compostos transformarão o capital investido em uma bolada.

Liberdade financeira exige disciplina

Da teoria à prática, porém, chegar ao enriquecimento exige alguns pré-requisitos. Sobretudo, mentais. Como a meta é distante, e os retornos iniciais são pequenos, disciplina e paciência são indispensáveis quando o objetivo é juntar capital para o futuro. Até que os dividendos se avolumem, e se transformem em renda passiva, é preciso ir aplicando recursos. E o tempo de espera é relativo.

Aportes maiores resultam em tempo menor, e vice-versa. Quando os proventos forem suficientes para cobrir com certa folga o custo de vida mensal do investidor, chega-se à independência financeira. Deste ponto em diante, a simples reaplicação dos dividendos excedentes fará com que os ganhos se multipliquem exponencial e indefinidamente. É a hora de relaxar e desfrutar mais.

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Disciplina, paciência e tempo são indispensáveis quando o objetivo é acumular capital para o futuro
Enriquecer requer tempo

Dinheiro extra é bem-vindo

Cumprir à risca o plano de liberdade financeira implica ainda obedecer a uma regra elementar: não gastar mais do que se ganha, seja qual for a renda mensal. Alguém que esteja começando a trabalhar, que more ainda com os pais, e receba, por exemplo, R$ 1.800 após os descontos, deve considerar R$ 1.500 para os gastos, se já tiver em mente gerar riqueza para si ao longo dos anos.

Em um ano, terá poupado cerca de R$ 3.740 líquidos a uma taxa de juros reais de 0,5% ao mês. À medida que o salário for aumentando, deverá separar uma quantia maior, e assim por diante. Quanto mais esforço fizer para ganhar dinheiro extra em prol dos investimentos, mais próximo ficará da independência financeira. Antes de alcançá-la, porém, há uma espécie de pedágio a ser pago: trabalhar mais e gastar menos.

Gastos versus liberdade financeira

O começo é a fase mais difícil do percurso até o enriquecimento — na qual, aliás, muitos desistem. Em geral, é quando se tem ainda pouco dinheiro investido, e o retorno em proventos, como consequência, é baixo. Porém, apostar no acaso não é uma opção para quem almeja criar riqueza a médio e longo prazo. Estes sabem que planejar o futuro financeiro é melhor do que contar com a sorte.

Um estilo de vida avesso à ostentação e a gastos desnecessários não é menos importante do que disciplina e paciência quando o alvo é acumular patrimônio em dinheiro. Talvez seja até mais, pois o consumo racional pode acelerar o processo. Priorizar o que realmente importa e eliminar o restante é um bom trunfo rumo a um futuro mais rico. Abundância de bens não torna ninguém feliz; o que tem valor, sim.

Rumo à liberdade financeira, mas feliz

Adotar modos mais simples, porém, não significa viver com menos conforto. Na verdade, é ser mais seletivo nas escolhas e nos gastos. Em sociedades de consumo, o conceito de felicidade está muito associado a roupas em excesso; uma casa superdecorada; carros mais sofisticados etc. Para quem faz sentido, ok. Mas são ambições de consumo incompatíveis com a jornada até a independência financeira.

Já os pequenos prazeres — passeios e viagens de fins de semana; ir a um restaurante ou bar de vez em quando; fazer academia; caminhar na praia, festejar algo ou qualquer outro — não são apenas desejáveis, mas necessários. Enriquecer exige algum sacrifício, mas não sofrimento e privações radicais. Sem estar motivado e feliz, nenhum propósito se justifica e se sustenta no tempo.

Quanto custa um filho?

Baseado em cálculos recentes feitos por especialistas, a chegada de um filho compromete cerca de 25% da receita familiar. Ou seja, até os 22 anos, quando, em tese, ele se forma, famílias com renda mensal de R$ 6 mil a R$ 11 mil vão desembolsar entre R$ 900 mil e R$ 1,2 milhão — já corrigidos e protegidos da inflação. As contas não consideram eventuais despesas excepcionais.

Os gastos, porém, foram atualizados com base em aplicações mais conservadoras. No mercado de ações e seus derivativos — dos juros compostos; dos dividendos; dos juros sobre capital; e das opções —, chega-se antes aos mesmos resultados. Claro, com conhecimento, e fazendo à risca aportes regulares. Ter caixa para aproveitar as oportunidades que a bolsa sempre oferece faz ainda mais diferença.

Educação financeira

Como ensina o investidor e bilionário Warren Buffett, “O risco (do mercado financeiro) vem de você não saber o que está fazendo”. Logo, o dever de casa de todo aspirante a investidor em ações — e também em renda fixa — é estudar, mesmo que no início se recorra à ajuda de um assessor profissional. O conhecimento não só alavanca os investimentos, como cria um filtro contra os “gurus digitais”.

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